domingo, 9 de setembro de 2012

Semana de Moda de Nova York começa certa de seu sucesso




NOVA YORK, 6 Set 2012 (AFP) -A Semana de Moda de Nova York, que abre os trabalhos da temporada mundial para a estação primavera-verão 2013, teve início nesta quinta-feira com os desfiles da BCBG Max Azria e Nicholas K, confiantes, apesar de uma economia sem brilho. Como um desafio à moral do consumidor, Max e Lubov Azria da BCBG Max apresentaram uma coleção decididamente feminina e sexy, com um toque de provocação, cheia de rendas e transparências. Dentro de finos vestidos de couro preto ou branco, as mulheres do casal Azria se mostraram vibrantes na estrutura e ousaram ao mostrar por vezes um ombro nu em um vestido assimétrico, em outras um tornozelo sob suaves tecidos de seda, em alguns um seio embaixo de uma renda. Por outro lado, a coleção Nicholas K, de Christopher Kunz e sua irmã Nicholas, apresentou uma moda masculina e feminina, sem limites de gênero, completamente leve e fluída, dominada por tons de marrom, bege, cáqui e açafrão. Um sobretudo, um colete de capuz, camadas de seda, cetim, lã, linho e jeans apareceram na passarela, criando "um estilo de vida mais orgânico", explicou Nicholas Kunz à AFP após o desfile. Inspirados pelo filme de ficção científica "À beira do fim", os estilistas queriam ressuscitar "o nômade futurista dos anos 1970" e com ele as "calças mais largas", mais fáceis de usar que as modelos skinny, justas da cintura aos tornozelos, predominante nas últimas temporadas. Para garantir que a cidade não ficasse sem novas tendências, os organizadores planejaram uma exibição inédita e ao vivo nesta quinta-feira na Times Square, dos dois desfiles, seguidos pelas coleções de Richard Chai e Shoji Tadashi. Esta permeabilidade entre a moda e a rua representa, de acordo com alguns especialistas, uma das grandes forças da moda de Nova York e de sua indústria. Quase 300 desfilando O "batimento do coração do movimento pop" é a base do sucesso de Nova York como "capital da moda", considera Scott Stoddart, da famosa escola de moda Fashion Institute of Technology (FIT), enquanto o consumo e o crescimento econômico ainda lutam para recuperar toda a força. "O casamento da cultura popular e da moda é tradicionalmente algo dos estilistas americanos", acrescenta. "Este é o significado prático da América. Compramos modismos não para sentar sobre ele, mas para usá-los. Em Paris ou Milão, os criadores se inspiram e se enchem de idéias, mas não imaginamos o que produzem nas ruas". A cidade de Nova York multiplica as iniciativas para ajudar as empresas do setor a se recuperarem. As duas edições da Semana de Moda movimentam cerca de 900 milhões de dólares para a cidade a cada ano. "É fascinante aqui. Nós temos mais jovens talentos do que em qualquer outro lugar. Em Nova Iorque é a moda para o futuro", exclamou Hal Rubenstein, da revista InStyle. Nesta temporada, quase 300 desfiles vão acontecer. De Helmut Lang, Carolina Herrera, Donna Karan, Marc Jacobs, Oscar de la Renta, Ralph Lauren até Jason Wu, Altuzarra, Thakoon, Rad Hourani, Rodarte e Zac Posen, grandes nomes e jovens talentos tentarão se destacar até o final dos desfiles em 13 de setembro. Depois de Victoria Beckham, que se apresenta em Nova York há quatro anos, esta semana deve marcar o início da linha Holmes & Yang, da atriz Katie Holmes e de sua amiga estilista Jeanne Yang. Mas antes de tudo isso começar, a comemoração já acontece na noite desta quinta-feira, com o evento Fashion Night''s Out. Para a ocasião, o Rockefeller Center vai estender o tapete vermelho para todos, com um programa repleto de desfiles e shows de rock indie. ppa/mdm/mr/cr

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