sábado, 29 de setembro de 2012

Simplicidade e feminilidade marcam 4º dia de Paris




Vanessa Bruno agradou com coleção feminina Foto: Getty Images
Vanessa Bruno agradou com coleção femininaFoto: Getty Images









































IESA RODRIGUES
Direto de Paris



A grande sensação do dia, sem dúvida, foi o desfile Dior. Nos comentários, há quem não tenha gostado. Muito invernal, pouco Dior, sala grande demais – sim, até do espaço reclamam. Enfim, impossível agradar a todos. Raf Simons estreou com a humildade de reconhecer a qualidade atemporal do trabalho de Christian Dior. E seguiu fielmente várias ideias do fundador da marca.
Nem tudo é polêmica ou disputa por convites nesta semana, a única internacional que não tem o logo da marca Mercedes-Benz. Há shows cheios de boas ideias para quem simplesmente pretende se vestir com o aval parisiense. Nesta turma, destaca-se Roland Mouret, nome desconhecido no Brasil, dono de um jeito bem verão no estilo, com corais e verdes, ombros marcados sem escândalo, looks de saia-lápis com fendas sensatas. O visual couro lembra o chintz ou o cirê dos anos 1970. Simples e muito em moda.
Na mesma linha simplicidade, uma surpresa: Hussein Chalayan. Ele mesmo, que já enterrou vestidos, inventou geringonças que abriam e fechavam, longos com led. Finalmente, deixou de ser nome de museu de moda, para criar roupas. O shape é mais para o quadrado, tanto nas vestes como nas saias curtas ou retangular, como se tem visto em outros designers. Mangas arredondadas e cabeças com chapéu de aba cortada. Mais o toque de interferência de cor: avessos coloridos, em verde, nas peças brancas. No final, desembesta um pouco, as cabeças ganham uma cobertura que parece papel alumínio e os vestidos ficam coloridões e acabam com estampa marmorizada em preto e branco.
E temos as fofas: Isabel Marant e Vanessa Bruno. A primeira ficou famosa e cobiçada no Brasil graças aos sneakers, os tênis de salto interno. Mas antes deste estouro, Isabel já era craque na roupa que as meninas parisienses querem usar. As calças justas e coloridas, a camisaria, as botinhas, o eterno jeito hippie-chique. Não decepcionou hoje, no desfile realizado no convento da Rive Gauche, região cult da cidade: mostrou ótima estampa floral preto e branco, vestidos chemises curtinhos na medida certa, couro vermelho decorado com aplicações, shorts de cós baixo e o melhor: os maiôs na estampa em preto e branco, lindos.
Vanessa Bruno fazia bolsas de lona com tirinhas de paetês coloridos, mais cobiçadas do que as grifadas. Agora acrescentou coleção total, uma graça, com vestidinhos rosados, tops pretos com saias rodadas brancas, curtas, um final de longos delicados, em tons de rosa e bege, algum branco, cheios de detalhes com brilhinhos, laises, rendados. E a sandália? Modelagem de ankle-boot, toda montada em tiras finas de couro, amarrada na frente como tênis, com salto alto fachetado. Pronta para os pés brasileiros...
Ainda teve Martin Margiela, que foi sem graça, sem cor, muito retangular, mas valeu pelo top retorcido preto. E só.



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